quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Aécio entre a presidência e as baladas

Não quero entrar na querela Aécio Neves com a namorada, se bateu ou não bateu. É coisa menor. Ele estava em uma festa, se envolveu com uma modelo americana que estava bêbada. Daí a extrapolar, supondo ser ele um sujeito violento na relação com mulheres, ou ser uma cópia de Fernando Collor, vai uma imensa distância.

O ponto central é outro.

Pessoas a quem o destino confere a possibilidade de ser candidato a governar o país, abdicam da vida pessoal. É responsabilidade demais, é honra demais conferida a uma pessoa a de poder influir na vida de quase 200 milhões de conterrâneos, ter um lugar na história. Por isso, esse objetivo é colocado acima de qualquer outro.

Foi assim com FHC, com Lula, com Dilma e tem sido assim a vida toda do José Serra.

Quando o escolhido não consegue abrir mão dos prazeres mais banais, expondo-se dessa maneira, é porque não tem vocação pública. E vocação pública não é artigo que se adquire na hora.

Aécio sabe que sua vida pessoal seria alvo de ataques de toda ordem. Todo o mundo político sabe que essa jovem irresponsabilidade de baladeiro cinquentão poderia afetar sua imagem de político. O episódio que apareceu é de menor importância, mas demonstra o descuido indesculpável para quem ambiciona a presidência da República.
(Blog do Nassif: http://colunistas.ig.com.br/luisnassif/)

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